quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Escola Centenária (UNIRIO).

No âmbito administrativo/escolar, várias modificações ocorreram por força da reestruturação da UNIRIO; por exemplo, a Secretaria Técnica de Ensino e Pesquisa (SETEP) sofreu sensível transformação. Procurou-se racionalizar o trabalho, de acordo com as normas vigentes no Estatuto e no Regimento Unificado da Federação, passando este setor a denominar-se, posteriormente, Secretaria do curso.
Em prosseguimento às suas metas, a coordenadora do curso de enfermagem, Professora Zélia Sena Costa, com o apoio dos dirigentes e do corpo docente, conseguiu a ampliação do corpo docente, técnico e administrativo, com vista à melhoria e ao aperfeiçoamento das atividades fins.
Participou de várias comissões de trabalho, dentre elas ressalta-se a de reestruturação e de criação de novos cursos de Licenciatura, pela portaria 372/78 tendo na ocasião sido reestruturado o de enfermagem e criado, pela portaria 178, de 28 de dezembro de 1979, o curso de licenciatura em nutrição que também funcionou no curso de enfermagem.
Em 16 de dezembro de 1980, foi criado o curso de especialização em metodologia de ensino, da pesquisa e da assistência de enfermagem, aprovado pela resolução 209, direcionado ao aprimoramento do próprio corpo docente.
Em 1981, foi criado o curso de mestrado em ciências da enfermagem, sendo a Professora Zélia Sena Costa sua primeira coordenadora, exercendo a função até abril 1988, conforme resolução do magnífico reitor.
O curso de mestrado tem a finalidade precípua de preparar recursos humanos para o magistério superior, atendendo aos dispositivos legais estabelecidos na política educacional do país, com os seguintes objetivos: preparar docentes em nível de excelência; aprimorar o docente no exercício do magistério superior e formar pesquisadores. Esse curso teve início em 15 de março de 1982, sendo o primeiro curso de mestrado da UNIRIO.
Em 1982, o curso de auxiliar de enfermagem entrou em recesso, de acordo com a Professora Solange Sánchez, chefe departamento de enfermagem fundamental, que acompanhou de perto todo o processo.
No setor saúde no país, era dada continuidade ao projeto do Sistema Nacional de Saúde e promovida a VIII Conferência Nacional de Saúde, com a proposta de democratizar a saúde com o lema: "a saúde é um direito de todos e um dever do Estado".
No setor educacional específico da enfermagem nesses 10 últimos anos, foram fundadas, no Rio de Janeiro, cinco escolas de graduação em enfermagem: a Faculdade de Enfermagem da Sociedade Barramansense de Ensino Superior, em 13 de abril de 1981; a Faculdade de Enfermagem da Associação Fluminense de Educação em 1981; a Escola de Enfermagem da Fundação Técnico Educacional Souza Marques, em 8 de maio de 1985; a Escola de Enfermagem e Obstetrícia de Vassouras em 14 de novembro de 1987 e a Faculdade de Enfermagem de Teresópolis, ligada à Fundação Educacional Serra dos órgãos em 1984.
Na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, a Professora Zélia Sena criou dois cursos de especialização: em 1985, o de enfermagem psiquiátrica (sob a direção do Professor Dyocil Menezes Silva e depois pela Professora Célia Antunes Chrisósthomo de Souza) e em 1988 o de especialização em atenção terciária à saúde­-Unidade de terapia Intensiva( sob a direção da Professora Luiza Muniz da Costa Vargens).
Desde a criação da escola, foi possível observar que seu nome sofreu várias modificações. A partir de 10 de agosto de 1988, pela ordem de serviço GR-N008 do Magnífico Reitor Osmar Teixeira Costa, o curso de enfermagem da UNIRIO voltou a se chamar escola de enfermagem Alfredo Pinto.
Em 30 de outubro de 1989, pelo parecer 813 do CFE, o curso de mestrado foi credenciado, tendo nessa época como coordenadora a Professora Joséte Luzia Leite.
No período de tramitação do processo de credenciamento, os contatos freqüentes com a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), seriam designados A Comissão de Avaliação.
Nessa época o curso de mestrado já havia formado 29 mestres entre brasileiros e estrangeiros.
A Professora Zélia Sena aposentou-se após 13 anos na direção do curso de enfermagem, assumindo interinamente pela segunda vez a Professora Anna Grijó no período de setembro de 1989 a 1º de janeiro de 1990.
Em 2 de janeiro de 1990, assume a coordenação da escola a Professora Luci Mobilio Gomes Pinto, por designação do magnífico reitor, escolhida em lista tríplice pela portaria 690, de 28 de dezembro de 1989.
A mesma, ao assumir, manteve o mesmo dinamismo das diretoras e coordenadoras que a antecederam, considerando-as atualmente responsáveis pela situação de reconhecimento público da escola.
Senda a primeira ex-aluna a dirigir a escola, a Professora Luci Mobilio implementou enfaticamente o centenário da EEAP, convocando para tal todo corpo docente, funcionários e ex-alunos para juntos celebrizarem a primeira escola de enfermagem do país.
Esse reconhecimento já havia sido colhido quando, por ocasião da Semana de enfermagem, a escola recebeu da Associação Brasileira de Enfermagem-RJ uma placa comemorativa pelo seu centenário.
No decurso do ano do centenário, durante o encontro de enfermeiros do Rio de Janeiro, I Encontro de Profissionais de Enfermagem de Centro Cirúrgico e Centro de Material e Encontro Nacional de Fiscalização do Exercício da Profissão, no dia 21 de maio, a Professora Luci Mobilio recebeu em nome da escola uma placa comemorativa e palavras elogiosas e de agradecimento do presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Enfermeiro Gilberto Linhares Teixeira, pelos relevantes serviços que a escola presta ao país, formando profissionais de enfermagem de alto nível.
Em 25 de julho daquele mesmo ano, foi oferecida uma placa também comerativa aos 100 anos da EEAP, pela Coordenação do II Encontro de Enfermagem do Rio de Janeiro, na pessoa do enfermeiro Ronaldo Ribeiro Sampaio, ex-aluno da Escola.
Ainda nessa década, a escola de enfermagem Alfredo Pinto, cumprindo seu papel na formação qualificada de profissionais de enfermagem, realizou o concurso de Livre-Docência nas seguintes áreas de conhecimento: introdução à enfermagem, administração aplicada à enfermagem, exercício de enfermagem, enfermagem em saúde pública; enfermagem materno-infantil; enfermagem médica; enfermagem pediátrica; enfermagem obstétrica e ginecológica; enfermagem cirúrgica; enfermagem psiquiátrica e administração em serviços de enfermagem hospitalar; contribuindo com um total de 38 livres-doscentes para todo o Brasil.
Durante essa longa, difícil porém histórica trajetória da escola de enfermagem Alfredo Pinto, os professores e alunos que passaram por essa instituição estão relacionados no documento que deu origem a esta publicação.

Um comentário:

  1. Prezado, obrigado pela ajuda. Aos 14 anos de idade perdi meu pai. Seu nome era Dyocil Menezes Silva. Muito pouco eu seu sobre a vida e a obra deste homem, que nasceu no morro do Urubu, em Pilares, zona norte do Rio, onde dividia a cama com a sua prima-irmã em um infância pobre e feliz. Hoje, aos 35 anos, formado em jornalismo, tenho o desejo de resgatar o histórico dele para escrever um livro sobre esta trajetória lindamente construída, e tão pouco conhecida e valorizada. Obrigado por este post. Um abraço, Julio Ricardo Menezes Silva.

    ResponderExcluir